O Exorcista | Corrupção no Vaticano será abordada na nova temporada, diz Ben Daniels

Ator fala ao Omelete sobre o ano dois da série de TV inspirada no clássico do cinema



A segunda temporada de O Exorcista (The Exorcist) estreia na Fox nesta sexta, com retransmissão simultânea no Brasil pelo FX, adotando um formato mais próximo das antologias: embora o elenco principal permaneça o mesmo e a trama seja uma continuação do ano um, a ambientação toda mudou, e a série troca a família de Chicago por um orfanato escondido às margens das florestas de Seattle.
Em entrevista ao Omelete em Vancouver, onde a série é gravada, o ator Ben Daniels, que vive o padreMarcus Keane, comentou a mudança. No dia da entrevista, o elenco gravava o fim do terceiro episódio. "Eu não posso dar muitos detalhes, mas ele [Marcus] no momento trabalha muito de perto de uma criança e tem grande afinidade com ela, por causa do próprio passado, e sabe exatamente do que essa criança precisa. [A mudança de cenário] é uma novidade que deixa tudo mais vivo, e Marcus está bem diferente do que vimos na primeira temporada. Ele deixou de ouvir e sentir Deus pela primeira vez na vida, vem de um lugar bem diferente e incerto, enquanto Tomás se abriu para sua própria humanidade. Ainda é o mesmo Marcus, com uma visão de mundo estranha, mas é todo um território novo para ele", diz.
A transição para uma área rural oferece novas oportunidades de terror. "Esperamos que seja mais aterrorizador, o visual e o tom da série são bem distintos, era bem urbano mas agora parece que ampliamos o horizonte no campo, então tuda fica mais diferente. Agora referenciamos muita coisa de terror japonês e coisas assim, com as crianças assustadoras na floresta", diz. Para Daniels, o formato mais próximo das séries de antologia pode afetar tramas já em desenvolvimento: "Esperamos que esses personagens que estão experimentando coisas novas possam impactar os nossos personagens de formas novas também. No caso de Marcus, ele passa por coisas que nunca viveu antes".
Ao mesmo tempo em que a trama muda para os arredores de Seattle, veremos cenas no Vaticano com um núcleo mais voltado para a instituição da Igreja, e os perigos de corrupção que envolvem o poder. "Assim como em qualquer grande organização, seja o Vaticano ou um parlamento, há uma quantidade de corrupção. Obviamente na vida real nós lemos sobre isso e ouvimos sobre isso, e [na série] os produtores pegaram essa noção da corrupção e transformaram numa coisa de gênero, então é menos sobre o crime de corrupção real e mais sobre um elemento de personagens que se corrompem. É legal ver isso acrescentado na série para construir uma mitologia e insinuar que algo acontece no Vaticano, que não é necessariamente saudável, e os padres precisam lutar contra isso."
Daniels conta que teve bastante liberdade, já no início da série, para construir Marcus à sua maneira. "Eu me sinto muito próximo dele. Deixaram eu inventar muita coisa do passado dele, então eu amo interpretá-lo e me identifico com ele. Originalmente ele foi escrito para um americano de 30 anos [o britânico Daniels tem 53] e não era ainda o Marcus que você vê, e cada vez mais nos aprofundamos nele. A liberdade que eu e Alfonso recebemos para compor essas histórias é uma coisa sem precedentes, mesmo num série de TV a cabo", completa.
Alfonso Herrera (Padre Tomás) e Kurt Egyiawan (Bennett) retornam como regulares, enquanto John Cho (Star Trek), Zuleikha Robinson (Lost) e Brianna Hildebrand (Deadpool) reforçam o elenco.

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